Dia nacional do Livro: há o que comemorar?
A mais recente pesquisa Ibope(2016) encomendada pelo Instituto Pró-Livro aponta que apenas 56% dos brasileiros são leitores ativos. O percentual passou de 44%, em 2011, para 52%, no ano passado. A metodologia da pesquisa considera como leitor, aquele que leu, inteiro ou em partes, pelo menos um livro nos últimos três meses.
Já é comprovado cientificamente que a leitura desenvolve diversas áreas do ser humano, ainda mais quando é estimulada desde a infância. Atenção, imaginação e vocabulário são alguns exemplos dessas áreas. Mas quando se fala em habito de leitura, o Brasil ainda está engatinhando. Os livros precisam ser apresentados às crianças de modo diferente pra que esse quadro mude. O grande problema do sistema de ensino do país é que as crianças e os jovens são apresentados aos clássicos, há uma literatura antiga, extremamente rica e importante, mas que não é adequada para despertar o gosto pela leitura.
Mas nem tudo está perdido, e mesmo nesse sistema de ensino errôneo, os dados são bons. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, o aumento da escolarização pode ajudar a explicar o aumento dos entrevistados considerados leitores: o percentual de analfabetos ou de pessoas que não frequentaram escola formal caiu de 9%, em 2011, para 8%, em 2015. Os dados apontam também que, quanto maior o nível de escolaridade, menores são as proporções de motivações de leitura ligadas à “exigência escolar” ou a “motivos religiosos” e, maiores são as menções a “atualização cultural ou de conhecimento geral”.
É possível notar uma adesão maior à leitura entre os jovens e eles chegam à ser até exigentes. O surgimentos dos booktubers e as constantes novidades do mercado editorial são de grande importância para esse quadro. Uma infinidade de temas e histórias são disponíveis hoje em livros cada vez mais bem trabalhados. De fato, a leitura é como namoro: se você não gosta é porque ainda não encontrou a pessoa (livro) certa.